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NA RUA, A ARTE ENFEITA O CONCRETO

Em 10/06/25 16:02. Atualizada em 10/06/25 16:13.

UFG recebe grafite em bueiro durante campanha de conscientização ambiental

Texto: Piter Salvatore, com informações da SECOM - UFG
Imagens: Yan Diamantino e Julia Barros

No dia 5 de junho (5/6), a Universidade Federal de Goiás recebeu a artista urbana Lorrayne Alves, que realizou uma intervenção com grafite na área externa do Centro de Eventos Ricardo Freua Bufáiçal, no Câmpus Samambaia. A ação aconteceu durante a 22° Agro-Centro-Oeste Familiar (Acof) e fez parte da sexta edição da campanha “O Mar Começa Aqui”, vinculada ao Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU - GYN). A iniciativa é coletiva e participam dela a UFG, a Prefeitura de Goiânia, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) e outras entidades.

 

ENFEITANDO AS GRADES

A obra de Lorrayne retrata uma nascente, um peixe, uma tartaruga, uma estrela do mar e plantas marinhas com o slogan do projeto em destaque, escrito em tipografia que remonta aos grafites urbanos. Segundo a artista, a criação envolveu a pesquisa sobre animais marinhos e paisagens oceânicas.“Com base nessas referências, eu crio o desenho”, explicou.

Lorrany e arte realizada no bueiro
Lorrany Alves e sua obra de arte para a campanha "O Mar Começa Aqui".
Foto: Yan Diamantino

 

A grafiteira possui um histórico voltado para artes de rua na capital e conta que sua trajetória com o grafite começou após sua inserção na cultura Hip-Hop e o gosto pelo Rap. Suas habilidades com desenho e pintura a acompanham desde muito nova, tendo feito seu primeiro grafite em 2019.

No ponto de vista de Lorrayne, o grafite tem um peso estético e sensorial para a visualidade do espaço urbano. “Quando você passa na rua e vê só prédio e tal, se você vê um grafite, você já já fala: ‘Nossa, pô, melhorou meu dia’, afirma.

SOBRE O PROJETO

No Brasil, a campanha foi lançada em 22 de março de 2024, em comemoração ao Dia Mundial da Água, inspirada em uma ação já iniciada em Portugal, por meio do movimento das Ecoescolas e tem se espalhado pelo mundo. No Brasil, muitas cidades já aderiram à ideia. O objetivo é enfatizar, para a população goianiense, a importância do descarte correto de resíduos sólidos, para que se evite que o lixo seja jogado nas ruas e obstrua o escoamento nos bueiros.

Também chamados de “bocas de lobo”, os bueiros fazem parte da infraestrutura de drenagem para escoar a água vinda das chuvas, encaminhando-a para os córregos, rios e lagos. Segundo o PDDU, o projeto “tem caráter educativo e consiste em sinalizar as bocas de lobo com pinturas, destacando que o início dos mares está nas cidades — e que tudo o que é descartado de forma incorreta acaba chegando aos oceanos”.

 

De acordo com o site oficial do projeto, que acontece desde 2021 em Portugal, evidenciar os bueiros por meio da arte pode chamar atenção da sociedade para manter esses espaços funcionando. Após a ocorrência de fenómenos de precipitação, o percurso das águas pluviais é inicialmente feito à superfície nas áreas impermeáveis, como, por exemplo, telhados, pátios e valetas de arruamentos, mas é rapidamente conduzida para os coletores instalados subterraneamente, através das sarjetas e sumidouros, onde flui até ser devolvida aos cursos naturais de água, lagos, lagoas, baías ou no mar”.

SOBRE O PDDU-GYN

O PDDY - GYN é um convênio firmado entre a Prefeitura Municipal de Goiânia por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), da Agência de Regulação de Goiânia (AR) e da UFG para o desenvolvimento de um conjunto de estudos técnico-científicos que irão embasar a elaboração de propostas para o Plano Diretor. Na Universidade, o convênio é gerido administrativamente e financeiramente pela Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape).

 

O PDDU-GYN vai conter proposições para o planejamento e o bom funcionamento do sistema de drenagem de águas pluviais, integrado aos demais serviços de saneamento básico, em atendimento e consonância com as legislações e normas técnicas vigentes, observando o planejamento urbano, a qualidade de vida da população e a preservação do meio ambiente, prevendo um horizonte de 30 anos (2024-2054).

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