Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFG tem trabalhado no apoio e fortalecimento das olimpíadas científicas (Foto: Evelyn Parreira/Secom UFG)

Programa de Apoio às Olimpíadas da UFG promove popularização científica

En 03/02/25 16:05 . Actualizado en 03/02/25 16:13 .

Objetivo é despertar o interesse pela ciência, oferecendo suporte e recursos para competições acadêmicas

Cerimônia de premiação da Olimpíada de Matemática do Estado de Goiás (Omeg), no Câmpus Samambaia (Foto: Evelyn Parreira/Secom UFG)

Cerimônia de premiação da Olimpíada de Matemática do Estado de Goiás (Omeg), no Câmpus Samambaia (Foto: Evelyn Parreira/Secom UFG)

Eduardo Bandeira

Promover a popularização e a difusão da ciência e tecnologia entre estudantes brasileiros das redes básica e superior de ensino, investindo em seus talentos, além de despertar o interesse por carreiras nas áreas de ciência e tecnologia. Esses são os objetivos do Programa de Apoio às Olimpíadas Científicas na Universidade Federal de Goiás (UFG).

Desde a sua criação, o programa tem desempenhado um papel fundamental na identificação e desenvolvimento de jovens talentos. Sob a coordenação de Renato Cândido da Silva, o programa oferece suporte logístico, organizacional e de divulgação para diversas competições científicas, como as Olimpíadas Brasileiras de Matemática, Física e Química. Em Goiás, as olimpíadas envolvem participantes de 99% das cidades do estado.

Essas iniciativas não apenas incentivam a excelência, mas também proporcionam aos estudantes oportunidades de reconhecimento e avanço em suas carreiras acadêmicas e profissionais, contribuindo para a formação de uma nova geração de cientistas e pesquisadores no Brasil.

 

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Coordenador do Programa de Apoio às Olimpíadas Científicas, Renato Cândido, entrega medalha a estudante (Foto: Evelyn Parreira/Secom UFG)

Coordenador do Programa de Apoio às Olimpíadas Científicas, Renato Cândido, entrega medalha a estudante (Foto: Evelyn Parreira/Secom UFG)

Extensão universitária

As olimpíadas científicas são iniciativas que, em sua maioria, são promovidas por editais como o do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Para que aconteçam, precisam cumprir certos requisitos, como ter seus recursos aprovados pelo edital mais atualizado do CNPq, serem realizadas por algum ministério ou agência nacional, serem locais e realizadas na UFG, ou serem ações de extensão devidamente cadastradas na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec).

O Programa de Apoio às Olimpíadas Científicas da UFG tem um papel fundamental na organização dessas competições. Ele é responsável por planejar todas as atividades do evento, criar ferramentas para organização interna, e garantir que a cerimônia de premiação aconteça conforme planejado, considerando todas as necessidades e demandas. Além disso, cuida para que todos os convidados e participantes sejam bem atendidos durante o evento.

Renato destaca a importância das olimpíadas científicas para identificar e incentivar estudantes de todas as redes de ensino, especialmente da rede pública, que enfrentam condições mais desafiadoras. Ele menciona a parceria com a rede nacional para implementar o programa Mais Escola, com um impacto de R$ 100 milhões, destinado a mil laboratórios makers por meio de um edital voltado para estudantes e professores da educação básica.

O coordenador também cita iniciativas como a parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para apoiar a Olimpíada Nacional de Ciências, permitindo que estudantes, mesmo em áreas remotas como a comunidade Kalunga, possam acessar exames, questões, desafios e cursos de formação continuada. O projeto foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) por sua contribuição para regiões periféricas do Brasil, incluindo Goiás.

"Foi uma tecnologia inovadora, tanto é que fez com que a ONC tivesse mais alunos fazendo a prova do que o próprio Enem". O alcance das olimpíadas é significativo, com 4 milhões de alunos participando da ONC, incluindo 115 mil apenas em Goiás.

"Ficamos felizes, por exemplo, em ver um aluno da zona rural de São Luís de Montes Belos como medalhista de ouro na Olimpíada Nacional de Ciências da Natureza. Isso mostra que estamos conseguindo desenvolver esse projeto", comemora.

 

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Cerimônias de premiação reúnem estudantes, professores, pais e mães em um momento de celebração (Foto: Evelyn Parreira/Secom UFG)

Cerimônias de premiação reúnem estudantes, professores, pais e mães em um momento de celebração (Foto: Evelyn Parreira/Secom UFG)

Cerimônia

Além disso, Renato esclarece que houve grande foco do programa para a cerimônia de premiação, por ser um momento que marca um rito tanto inicial quanto conclusivo das olimpíadas. "É uma maneira de agraciar os alunos que se destacaram e os talentos das escolas públicas e privadas aqui na UFG".

No que diz respeito à diversidade e inclusão, a Olimpíada Brasileira de Química criou a Olimpíada Feminina, que visa incentivar a participação de meninas, principalmente de escolas públicas do estado de Goiás, despertando-as para carreiras científicas.

Em algumas olimpíadas, ciência e inovação se unem para incentivar a colaboração entre os participantes. "Na última edição da Olimpíada Brasileira de Satélites (OBS), por exemplo, grupos de alunos colaborativos criaram um satélite com uma máquina fotográfica que capturava imagens de lixões. Com isso, eles conseguiram monitorar os lixões da região e avaliar o impacto ao meio ambiente", explica Renato.

 

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Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFG tem trabalhado no apoio e fortalecimento das olimpíadas científicas (Foto: Evelyn Parreira/Secom UFG)

Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFG tem trabalhado no apoio e fortalecimento das olimpíadas científicas (Foto: Evelyn Parreira/Secom UFG)

Vagas olímpicas

A estudante de Medicina da UFG, Paula Silveira Araújo, participa de olimpíadas científicas desde o ensino fundamental. No período em que se inscreveu para a ONC, ela estava estudando para o Enem. Paula foi a estudante com a melhor classificação no Centro-Oeste.

"Graças a essa conquista tenho a oportunidade de estar cursando Medicina na UFG. Muitas portas se abriram em decorrência dessa premiação, direta ou indiretamente, como ao ganhar uma bolsa de estudos em um cursinho renomado ou ser convidada para a mesa diretiva na última premiação da ONC. Isso me acompanhará ao longo de toda a vida acadêmica, promovendo contato com pessoas relevantes e que podem me auxiliar na carreira acadêmica e profissional", comemora a estudante.

Paula acrescenta que as olimpíadas vão ao encontro do atual contexto de representatividade feminina na ciência. No entanto, para a graduanda, ainda há a necessidade de mais apoio às mulheres.

Fuente: https://jornal.ufg.br/n/187691-programa-de-apoio-as-olimpiadas-da-ufg-promove-popularizacao-cientifica

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